Hospital Geral de Manacapuru descumpre normas do Conselho Regional de Enfermagem do Amazonas

O Conselho Regional de Enfermagem do Amazonas (Coren-AM) retornou no último dia (12) ao Hospital Geral de Manacapuru após seis meses que Força Nacional de Fiscalização do Sistema Cofen esteve em Manaus e Manacapuru para averiguação de possíveis irregularidades que estavam afetando o exercício profissional e colocando em risco à população.

Na obrigação em dar resposta à população manacapuruense, o presidente do Conselho Sandro André juntamente com enfermeira fiscal Sabrina Miranda em parceria com o Ministério Público visitaram o Hospital Geral de Manacapuru onde foram recebidos pela Diretora da Unidade Sônia Almeida e pelo Secretário de Saúde do município Adanor Porto. Durante a vistoria, foram identificadas melhorias, como por exemplo, a sala dos pós-cirúrgicos. Antes os pacientes saíam da cirurgia e ficavam nos corredores, situações que ofereciam riscos aos profissionais de Enfermagem. Porém, em sua maioria ainda permanecem muitos problemas que precisam ser resolvidos com urgência, como ausência de enfermeiro e o auxílio cirúrgico.

Durante a conversa com a diretora do hospital Sônia Almeida, a Promotora de Justiça da Comarca de Manacapuru, Sarah Leão estabeleceu que tanto o hospital quanto a Secretaria de Saúde deem retorno ao Coren sobre as demandas administrativas solicitadas. “Não havendo resposta, dependendo eventualmente da gravidade do problema pode ser ajuizado ou procuraremos meios para que o município atenda de alguma forma as demandas solicitadas. Podemos sugerir que seja criado um cronograma de implementação do programa de Controle Hospitalar. Temos que encontrar meios para resolver o problema na saúde do município de forma sistematizada”, sugeriu a promotora.

Entretanto, será elaborado no prazo máximo de trinta dias um relatório pelo Departamento de Fiscalização do Coren pontuando as possíveis gravidades das infrações constatadas durante a visita e encaminhado ao Ministério Público.

O presidente do Conselho, Sandro André, ressalta que o órgão precisa ser incisivo. O município precisa dar resposta para a sociedade. Caso não haja, entrará em ação o Departamento Jurídico do Conselho para dar mais celeridade ao assunto. “Estamos nos esforçando ao máximo para prestar um serviço seguro e de qualidade aos profissionais e a população. Quando a gente passa muito tempo se sujeitando a essas coisas, nos tornamos co- participantes de estar ofertando uma assistência sem segurança e qualidade. A atuação do Ministério Público nesses casos é importante para que o trabalho seja efetivo e a sociedade receba uma assistência digna”, ressaltou o presidente.

Ao final da visita foi expedido um auto de infração à gerente de Enfermagem do hospital pelo descumprimento das solicitações de mudança expedido pela Força Nacional de Fiscalização em parceria com o Conselho Regional de Enfermagem no ano passado. A gerente terá um prazo de 15 dias para resolução dos problemas encontrados pela equipe de fiscalização. Em caso de permanência das irregularidades, serão tomadas medidas judiciais para saneamento. Visando melhorar o serviço de Enfermagem, o presidente solicitou à diretora do hospital que fosse mais solícita aos requerimentos da gerência de Enfermagem.